segunda-feira, 27 de junho de 2011

ALGUMAS FOTOS DA OFICINA



 




HISTÓRIA DOS IDEOGRAMAS CHINESES

Há algumas discordâncias sobre como os caracteres chineses chegaram ao Japão, mas é geralmente aceito que monges Budistas, ao voltar para o Japão, trouxeram consigo textos chineses por volta do século V. Esses textos estavam na língua chinesa, e num primeiro momento teriam sido lidos como tal. Com o passar do tempo, porém, um sistema conhecido como kanbun (漢文) foi desenvolvido; ele essencialmente usava sinais diacríticos nos textos Chineses para possibilitar aos falantes do japonês lê-los de acordo com as regras da gramática japonesa. A língua japonesa não possuía forma escrita naquele tempo. Surgiu um sistema de escrita chamado man'yogana que usava um limitado número de caracteres chineses baseados em sua pronúncia, ao invés de seu significado. Man'yõgana escrito em estilo curvilínio se tornou hiragana, um sistema de escrita que era acessível às mulheres (que na época não recebiam educação superior). O silabário katakana emergiu por um caminho paralelo: estudantes de monastério simplificaram man'yõgana a um único elemento constituinte. Desta forma os dois outros sistemas de escrita, hiragana e katakana, referidos coletivamente como "kana", são, na verdade, provenientes de kanjis.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

IDEOGRAMAS CHINESES


 

A UTILIZAÇÃO DOS PIGMENTOS NATURAIS AO LONGO DA HISTÓRIA

Descrevem-se os pigmentos usados na pintura europeia da Idade Média, focando a atenção sobretudo naqueles que foram descobertos durante esse período. Devido a limitações de espaço, o trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira, que agora se publica, referem-se as principais obras medievais escritas sobre os materiais empregados pelos artistas e os respectivos métodos de preparação, e discutem-se os pigmentos vermelhos. Na segunda, que se publicará no próximo número do Boletim, examinam-se os pigmentos de outras cores.
A Idade Média corresponde tradicionalmente ao período decorrido entre a queda do Império Romano do Ocidente em 476 e o Renascimento, que no tocante às Belas-Artes alvoreceu em Florença e nos Países Baixos por volta de 1420. Foi um período de quase mil anos, durante o qual no mundo cristão a Igreja, que crescera rapidamente depois de 313, data em que Constantino concedeu liberdade de culto aos Cristãos, concentrou em si toda a autoridade em questões de natureza espiritual, moral e intelectual. Assim, durante este período, os objectivos principais no domínio da arte cristã consistiram na criação de espaços arquitectónicos destinados ao culto religioso, no embelezamento das superfícies murais contidas nesses espaços
– sobretudo com pinturas e mosaicos
– e no ensino e difusão das ideias e valores do cristianismo para o que contribuiu significativamente a produção de manuscritos iluminados. Por outro lado, no mundo muçulmano, que começou a formar-se na Arábia após a morte de Maomé em 632 e se expandiu com extraordinária rapidez através do Próximo Oriente, Norte de África e Península Ibérica, o Islão, embora não tenha utilizado a arte como meio de difusão das suas ideias em virtude da interdição de Maomé contra a idolatria, exerceu também uma influência muito considerável no seu desenvolvimento sobretudo na área da arquitectura. Pode dizer-se, portanto, que a arte da Idade Média se caracteriza essencialmente pela constância de temas próprios daquelas religiões, aliada a uma grande variedade de estilos causada pela amplidão do tempo e dos territórios abrangidos. Dependendo do estilo, é costume dividi-la em diversas classes nomeadamente, paleocristã, bizantina, muçulmana, da Europa bárbara, carolíngia, otoniana, românica e gótica .Convém salientar que a partir do séc. VI os principais centros da actividade religiosa e intelectual na Europa cristã foram os mosteiros, alguns dos quais desempenharam um papel muito importante dos pontos de vista econômico e cultural como, por exemplo, a exploração de grandes propriedades agrícolas, o ensino, a cópia e criação de manuscritos, e a feitura de obras de arte entre as quais pinturas e  iluminuras. As escolas monásticas foram depois substituídas pouco a pouco por escolas episcopais, também chamadas catedrais por serem escolas urbanas adstritas às sés. Além disso, no séc. XII, devido ao crescimento rápido do número de estudantes e à propagação do espírito corporativo que se instalara por todo o lado, começaram a surgir as universidades, primeiro em Bolonha, Paris e Oxford, e nos séculos seguintes noutras cidades da Europa. Contudo, as Belas-Artes ficaram delas arredadas apenas uma ars mechanica (medicina) foi incluída nos seus programas de ensino o que não surpreende atendendo ao desprezo que nessa época se tinha pelo trabalho manual relativamente ao intelectual. Deste modo, a escassez de obras escritas na Idade Média acerca das artes resultou em grande medida desse fato.
É de salientar ainda que, durante este período, sobretudo entre os séculos IX e XV, se estabeleceu na Europa o feudalismo  regime político-social caracterizado pela multiplicação dos laços de dependência pessoal (vassalagem) como condição para a posse de terras – o qual levou ao enfraquecimento do poder central, ao fortalecimento do poder da nobreza senhorial e ao aumento da pobreza. A estrutura da sociedade passou então a caracterizar-se por um excessivo contraste entre o número restrito de riquíssimos senhores e a enorme massa de gente paupérrima. Alguns desses senhores, à semelhança dos seus soberanos e da Igreja, foram patrocinadores das artes contribuindo também de modo significativo para o seu desenvolvimento.

OS PIGMENTOS NATURAIS

Em biologia, pigmentos são os compostos químicos responsáveis pelas cores das plantas ou animais. Quase todos os tipos de células, como as da pele, olhos, cabelo etc. contêm pigmentos. Seres com deficiência de pigmentação são chamados albinos.
Na coloração de pinturas, tintas, plásticos, tecidos e outros materiais, um pigmento é um corante seco, geralmente um pó insolúvel. Existem pigmentos naturais (orgânicos e inorgânicos) e sintéticos. Os pigmentos agem absorvendo seletivamente partes do espectro (ver luz) e refletindo as outras.
Geralmente é feita uma distinção entre pigmento, que é insolúvel, e tintura, que é líquida ou então solúvel. Existe um linha divisora bem definida entre pigmentos e tinturas: um pigmento não é solúvel em seu solvente enquanto a tintura é. Desta forma, um corante pode ser tanto um pigmento quanto uma tintura dependendo do solvente utilizado. Em alguns casos, o pigmento será feito pela precipitação de uma tintura solúvel com um sal metálico. O pigmento resultante é chamado de "lake". Pigmento deteriorante é aquele não permanente, sensível a luz.